sábado, 1 de outubro de 2022

Conselho aos Jovens Marginalizados nas Escolas (Uma pequena biografia e história de superação)

 


Bom, eu durante minha vida escolar, tive um longo e traumático histórico de bullying na escola, minha vida era uma merda, eu era zoado e excluído dos círculos sociais, fui traído pelo meu melhor amigo quando fizeram bullying virtual comigo, e confesso que isso dá uma raiva e um ódio de todas as pessoas em sua volta, então vou começar pela minha história de vida e como superei tudo isso.

Minha História no Colégio

Bom, pra quem visita esse blog pela primeira vez, eu sou portador da Síndrome de Asperger, o que me tornava diferente dos outros alunos, e de fato, na época eu era bem mais lerdo de raciocínio do que hoje, tanto que me chamavam de retardado por causa disso, pois na época eu não tomava nenhuma medicação, nada que resolvesse esse meu problema, mas ao mesmo tempo que eu era "retardado" pra algumas coisas, pra outras eu era um gênio e me destacava, como nas ciências naturais, que sempre tirei nota boa, e nas séries iniciais, eu me destacava dos outros alunos por ser mais inteligente que a maioria, mas as coisas começaram a piorar mesmo da quinta-série em diante, pois começava com aquelas piadinhas sem graça do tipo "tomate cru é vitamina, como tu e tua prima", ou então "te jogo na cama, te meto a banana, que cara tu faz?", eu hoje eu dou risada dessas piadas bobas, mas na época, uma criança autista, que levava tudo a sério, me incomodava, e a cada ano que foi passando, o bullying ficava mais pesado e agressivo, chegando ao ponto de humilhações públicas, quando eu perdi o BV com uma mina porca que não escovava os dentes, eu senti vontade de morrer aquele dia, e todo mundo rindo de mim como se eu fosse o bobo da corte pra divertir eles. Terminado o fundamental, vou pro Ensino Médio, e daí que as minhas inseguranças em relação a minha mente vem à tona, pois daí que o bullying de me chamar de retardado, deficiente da APAE fica mais forte, e te juro, era humilhante demais ouvir isso de outras pessoas, pois a cidade que eu moro atualmente é muito preconceituosa, principalmente com cor de pele e com condição mental, e entrei em depressão do meio do ensino médio até o final, e eu terminei aquela porra e não fui na formatura, de tanto desgosto que sentia em relação às pessoas. Mas não termina por aí, vem mais na fase adulta.

No começo da vida adulta

Arrumo emprego e como eu tinha a recém 18 anos, vou trabalhar no almoxarifado, aonde vem de tudo, desde gente comum e simples, até rafuagem braba, e eu até hoje tenho nojo de rafuagem, barraqueiro, gente sem educação, etc, e eu sofria assédio moral no trabalho, tanto que eu adoeci, e fiquei dois anos afastado por auxílio-doença por depressão, e quando fui no psiquiatra, descobri a síndrome de asperger, e na mesma hora todo aquele bullying em relação à minha condição mental começou a fazer sentido, e desde então passei a me autoafirmar autista e não deixo barato quem sai por aí me julgando como retardado, pois posso ter um grau leve de autismo, mas estou longe de ser retardado. Outra coisa também, desde que terminei o ensino médio não aguento mais ambiente de escola, pois tenho curso técnico e superior sem terminar, e nem sei se termino essa porra mesmo, pois em breve estarei concursado e nunca mais me estressarei com trabalho e coisa do tipo, eu decidi que nunca mais coloco os pés num ambiente escolar de novo como aluno.

Vida Amorosa

Eu sempre fui um zero à esquerda no campo amoroso, desde quando eu era bem criança, eu me apaixonava pela coleguinha e eu era brutalmente rejeitado e humilhado, parecendo que as meninas já nasciam sabendo a arte de rejeitar e humilhar homens desde cedo. Eu sempre via as meninas, tudo de 12 a 15 anos, saindo com caras de 24 a 30 anos, pois é meus amigos, a pedofilia rolava solta nesta época, e nem faz tanto tempo, era os anos 2000, e eu sempre fui o patinho feio, rejeitado, humilhado, as meninas falavam que eu era estranho, isso até 2016, quando eu estudava na IFRS, até que veio uma moça trocar ideia comigo e até hoje somos amigos, e na verdade, eu tive alguns pegas durante minha adolescência tardia, quando eu ia nos shows e tal, e pegava algumas minas góticas, mas isso era esporadicamente, e ao mesmo tempo, tive contato com a filosofia MGTOW, que eu não concordo 100%, em especial, na parte da misoginia, mas de resto, esta filosofia prega que o homem tenha amor próprio e que não saia se aventurando com qualquer mulher por aí por N motivos, seja engravida-la e ter que pagar pensão, ou ser falsamente acusado de algum crime, etc, e eu passei a seguir a lógica do pegar e não se apegar, mesmo raramente isso acontecendo, e eu, num rolê com os amigos do trampo, conheci uma mina, que estava afim de mim, ela é cosplayer, o tipo de mulher que todo nerd sonha, e eu tava na minha até então, e veio meu amigo servir de garoto de recados pra me lançar essa, e conversa vai, conversa vem, e eu queria ter dado uns pega nela, mas eu tava na rua, com todo mundo olhando, e eu passei pela experiência de ser o centro das atenções e isso me deu gatilho daquela vez que eu perdi o BV, e eu só troquei ideia com a mina mesmo, e eu pensei "vou convida-la ao cinema, dar uns pegas nela ali mesmo, levar pra casa e quem sabe eu perca minha virgindade com ela", mas o plano deu errado pq ela voltou com o ex dela, e ela só me queria pois eu lembrava o ex dela de aparência, e isso me deixou com raiva, tanto que até hoje eu não olho na cara dela, mas não a bloqueei de nada pois eu não quero dar esse gostinho pra ela. Meses depois, acho uma mina no Tinder, ela não era tão bonita quanto essa mina cosplayer, mas eu pude levar ela pra casa e viver aquele mês regado a sexo, e era bom, mas o que me deixava preocupado é que por insistência dela, a gente fazia sem camisinha, e o desespero de ser pai cedo me tomou por completo, e aqueles nove meses foram os mais tensos que eu vivi, mesmo ela tendo terminado comigo porque achou outro "mais interessante", mas de verdade, esse chifre nem doeu, porque eu nem amava ela de verdade, precisaria de anos até eu ter algum sentimento por ela, pois aquele rapaz que se apaixonava de primeira, esse não existe mais, e agora, recentemente, eu percebo que eu atraio olhares de muitas mulheres, então pois é, o patinho feio virou cisne, mas eu tenho a nobreza de trata-las com educação, mas sendo esperto o suficiente em não cair em golpe amoroso, pois se eu não nutrir muitos sentimentos, a dor é infinitamente menor.

Conselho de quem viveu o bastante

Tudo passa, se você é jovem, quieto, reservado, tímido, inteligente, etc, pense, a escola não vai durar pra sempre na sua vida, esses teus colegas chatos que te perturbam, muitos anos depois podem te procurar pra pedir desculpas, como eu fiz pra um ex-colega meu, pois eu tive a hombridade de reconhecer meus erros e me redimir com ele, outros podem entrar no mundo do crime e morrerem mais cedo, o que aconteceu com alguns colegas que eu tive, outros podem virar pai cedo, antes dos 18 ou 20 anos, e a vida obrigar ele a amadurecer na marra, etc, e no fundo, as vezes nem tudo é maldade, essas piadinhas de quinta-série é só pra dar risada mesmo, pois a maldade mesmo vem na fase adulta, com alguém querendo te destruir perante o patrão, alguém te acusar de alguma merda que você não fez, alguém te passar alguma DST, etc. Então, se você é jovem e pensa em suicídio, ou em fazer massacre escolar, desista disso, não vale a pena jogar a tua vida e a vida de gente que não tem nada a a ver com os teus problemas fora, além que isso só atrai mais ódio contra quem já é marginalizado na escola, criando um ciclo vicioso, tipo os Incels, que são colocados numa espiral de ódio, muitos deles precisam de ajuda, mas são corrompidos pelo ódio e fazem os massacres pra se vingarem ou passarem uma mensagem de vingança, e como diz o Seu Madruga "A Vingança nunca é plena, mata a Alma e a envenena".