Introdução
Bom, não sou biólogo, cientista, psicólogo, mas devido ao meu agnosticismo e o exercício da Razão, tem uma questão que me inquieta a mente a anos. Afinal, o que tem depois da morte? Bem, por um bom tempo acreditei no Oblívio Eterno, porém essa teoria me parece insuficiente, apesar de eu querer muito que ela esteja certa.A "Alma" no sentido científico/biológico
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| Essa é a nossa alma, ou consciência |
Eu não acredito num corpo etéreo feito de nada tangível, pra mim, se algo existe, ele é feito de alguma coisa, nem que seja matéria ou energia escura, mas que seja feita de algo, e literalmente, nossa "alma" é o nosso sistema nervoso, totalmente complexo e com uma estrutura única chamada Conectoma, nossa "impressão digital" neural responsável pela nossa consciência, e que é formada a partir do nosso código genético. Eu diria que o Conectoma é o que forma a consciência de não somente cada ser humano, mas cada ser vivo com um sistema nervoso, e cada padrão de conectoma não é único, podendo se repetir algumas gerações depois dentro da mesma família, ou seja, eu, por exemplo, posso ter o conectoma do meu bisavô, pois tenho o material genético mais proximo dele, ao invés de ter o conectoma de alguém do Paquistão por exemplo. que teria uma genética totalmente diferente da minha, dificultando as chances de eu "reencarnar" geneticamente neste país.
Implicações que esta "descoberta" teria
Hoje seria possível testar essa teoria em ratos de laboratório, comparando conectomas desses animais ao passar das gerações, podendo se deparar com um conectoma idêntico de dois ratos diferentes em gerações diferentes. Porém isso traria problemas em questões éticas e jurídicas, além de religiosas, pois vamos supor, o bandido Lázaro, se fosse registrado num banco de dados o conectoma deste criminoso, e anos depois, numa maternidade, é feito uma ressonância magnética num bebê para registra-lo, e se identifica o mesmo conectoma de Lázaro, e nisso entraria questões legais, por exemplo, se deveria prender a criança pois na vida passada ela foi um bandido de extrema periculosidade, e a criança viveria sabe-se lá quantos anos (e quantas vidas) presa pelos crimes cometidos de uma das vidas dela. Outra coisa seria se pessoas comuns tivesse acesso a esses dados e passassem a perseguir crianças que foram pais, mães, amigos, ou pior, perseguir inimigos que acabaram reencarnando num novo corpo. Ou seja, as questões éticas seriam complicadas, isso sem falar das questões religiosas, pois religiões como o Cristianismo deveriam ser reinterpretadas, e religiões como Hinduísmo, Budismo, e Espiritismo seriam mais populares devido a essa confirmação científica. Por isso que eu até prefiro que uma descoberta dessa nunca venha a público, pois seria como abrir uma caixa de pandora.
Considerações Finais
Eu espero que essa minha teoria seja falsa, pseudociência, e que de fato, depois da morte não reencarnemos e que seja simplesmente o fim, mas essa pulga ideológica, fica coçando muito na minha mente, e eu não encontro maneiras de aliviar essa coceira mental, pois pra mim não faz sentido a existência de um "mecanismo mágico" que impeça a repetição estrutural dos conectomas, pois somente com esse mecanismo que faria sentido o Eterno Oblívio, pois o teu cérebro nunca mais seria reconstruído igual, e isso tornaria possível o Nada depois da Morte.
